
Fotografia: Tears (1930- 1932)
Nossa pesquisa referiu-se ao fotógrafo norte americano Man Ray, e a fotografia escolhida para análise chama-se Tears. Sobre tal fotografia, cremos que seja possível visualizá-la sobre dois enfoques: hora entregar-se à primeira impressão cuja imagem nos traz, mas hora também pensá-la racionalmente - visualizando principalmente a ausência da boca da referente.
Sobre a primeira impressão, nota-se um olhar dramático e agonizante, porém mesclado a um estranhamento - diz-se das peculiares lágrimas. Estas, que se põem a imagem de forma simétrica e arranjada no rosto da referente, conota um ar de crítica; algo bastante direcionado a uma sociedade em busca de perfeições tolas e desnecessárias. Também é possível visualizar nesta primeira impressão que a referente permanece fitando o suposto causador de sua tristeza, mas o ar de dúvida é grande. Já analisando-a de forma mais racional, notando a ausência da boca, é possível questionar esta primeira impressão, ao imaginarmos uma continuidade da fotografia e visualizarmos diferentes expressões labiais, que poderiam expressar diferentes emoções e razões de tais lágrimas, podendo anular - ou não - a primeira interpretação desta imagem. A impressão que se tem de tal fotografia é puramente artística, porém podendo ser analisada historicamente.
Thais Montanari e Osmar Piazzi
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