quinta-feira, 25 de agosto de 2011

O Poder Da Arte

Olá Pessoal!

Vim aqui no blog para postar uma dica que pode ser interessante para todos:

Está disponível no Youtube uma série de documentários chamada O Poder da Arte, onde é contado um pouco sobre a vida e obra de alguns pintores e escultores ilustres, tais como Caravaggio, Bernini, Rembrandt, David, Turner, Van Gogh, Picasso e Rothko. Se não me engano, essa série é baseada em um livro de mesmo nome, escrito por Simon Schama, que é o mesmo cara que apresenta os documentários.

"Esta série não representa uma simples visita a uma galeria de arte em busca da obra-prima mais bela de todos os tempos. É, pelo contrário, uma descida ao vulcão da imaginação criativa, aos fogos ardentes onde os humanos trabalharam e moldaram alguns dos seus feitos mais importantes."
-Simon Schama

Segue o link da primera parte do episódio Caravaggio:

Até mais!




quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Três Esfinges de Biquíni, Salvador Dali (Filipe Cerejo)

Três Esfinges de Biquíni (1947)

O quadro pertence a uma coleção particular em Genebra, na Suíça.
Nessa obra me chamou atenção foi a forma como a natureza foi utilizada para representar a humanidade. O que representaria o cabelo da primeira e da terceira cabeças pode representar algo como as nuvens de fumaça de um vulcão, a segunda a copa de duas árvores unidas.
Isso tudo seria a representação da união de homem e natureza, uma integração, podendo representar também a dependência que o homem tem da natureza, modificando-a quase que livremente, mas nunca controlando-a completamente.

Monet

Para quem adora ou quer conhecer mais Monet, aqui vai essa linda exposição virtual!

http://www.monet2010.com/




terça-feira, 16 de agosto de 2011

Palestra hoje, terça feira dia 16, às 12:30

Bom dia classe! Para quem quiser fazer algo muito mais interessante do que "bandejar" hoje, dia 16, recomendo fortemente a palestra do professor Jorge Wagensberg, diretor do Museu de Ciências La Caixa (Barcelona), dentro do projeto "Conversando com a Graduação". Está é pra quem gosta do debate sobre Museologia, ensino em ambientes não formais e tem curiosidade intelectual.
A palestra ocorre 12:30 no auditório da Biblioteca Central e é aberta ao público.

domingo, 14 de agosto de 2011

Las meninas, Vélasquez


Um dos textos da próxima aula é Las meninas, de Michel Foucault. 
Para dar seguimento ao blog, posto aqui a obra para acompanhar nossa leitura e também para dividirmos impressões que tivemos antes e depois dos detalhes apresentados pelo autor. Que tal? 




sábado, 13 de agosto de 2011

Trabalho 1 - Missão Cumprida!

Parabéns pessoal, pela postagem do Trabalho 1.
A Tarefa embelezou nosso blog e será comentada em nossa próxima aula. Até lá!

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Palhacinhos na Gangorra



"Palhacinhos na Gangorra", de Portinari, pintado em 1957, encontrado na Coleção do Instituto de Estudos Brasileiros,
mais habituada com os quadros "sociais", essa pintura me chamou atenção por refletir um lado que eu pouco conhecia do artista.
O retrato da cena do cotidiano infantil, de uma brincadeira simples, e da lúdica mistura com o elemento palhaço me mostrou, mesmo com a melancolia das cores mais apagadas diferindo do colorido do circo, a meninice possível em qualquer lugar, mesmo com o cenário tão vazio de qualquer outro atrativo exceto os balões ao lado da gangorra.
Mesmo com o rosto do palhacinho que sobe, entre abatido e indiferente, a posição de braços abertos mostra a felicidade, uma renúncia, uma vontade de liberdade, já o palhacinho do chão parece mais apegado ao brinquedo, como se o chão o limitasse, ainda assim ele observa o que sobe como se esperasse sua vez, e de fato, pode ser que espere!

Guernica



Autor: Pablo Picasso (1881 – 1973)
Obra: Guernica (1937)
Local: Museo Nacional Centro de Arte Reina Sofía (Espanha)
Obs.: Destaco que encontrei diversas imagens do quadro na internet, e enquanto algumas são estritamente monocromáticas, outras trazem cores como o azul e o amarelo, talvez em decorrência do equipamento usado para o registro, ou a iluminação. Resolvi usar a imagem acima, uma vez que o quadro foi pintado com preto, branco e tons de cinza, mas talvez ela não faça juz às características reais do quadro.

_________
Guernica foi por muito tempo minha pintura favorita. Não me lembro de quando o vi pela primeira vez, mas acredito que tenha sido aos 10 ou 11 anos de idade, provavelmente dentre as gravuras dos livros de arte que meu pai coleciona.
O quadro é interpretado tradicionalmente como uma manifestação de repúdio ao bombardeio da cidade espanhola de Guernica por parte de alemães e italianos, que apoiavam a causa nacionalista na Guerra Civil Espanhola, na década de 30.
Acho interessante perceber que se por um lado minha interpretação do quadro mudou ao longo do tempo, à medida em que meu conhecimento sobre o contexto de sua confecção se ampliava, a impressão mais primitiva que a obra me transmite, em contrapartida, me parece ter continuado sempre a mesma: a escolha das cores usadas no quadro (seu monocromatismo o destacava das demais pinturas que tinha visto até então nos livros do meu pai), as expressões de dor e desespero, corpos mutilados, todas essas informações se combinavam, se traduzindo, para mim, numa imagem de profundo horror, desamparo e impotência. O estilo cubista de Picasso também fortaleceu essa idéia de terror, uma vez que os rostos e corpos das personagens do quadro se apresentam transfigurados e deformados.
O elemento que mais prendeu minha atenção quando vi o quadro pela primeira vez é a representação de uma mulher que carrega nos braços uma criança desfalecida, e olha para os céus no que me parece uma demonstração de completo desespero e fúria: uma imagem muito forte aos olhos de uma criança de onze anos.
A associação do quadro com o contexto da Guerra Civil espanhola me foi sugerida muito cedo por meu pai, e dessa forma não me lembro de ver esse quadro sob outra perspectiva, mais neutra. Hoje, no entanto, a obra representa para mim muito mais do que o repúdio ao bombardeio de uma cidade, ou a militância política de um pintor; a tenho como um grande símbolo da luta contra a violência e os horrores de todas as guerras e como um retrato magistral da condição humana e nossa impotência perante as consequencias da busca inescrupulosa de alguns por poder.

Sobre a obra "A Velha cozinheira",de Velázquez

Eis aqui um instigante componente da Obra do pintor Espanhol Diego Velázquez. Entitulado "A Velha cozinheira" (99 x 128 cm ; 1618),encontra-se na Galeria Nacional da Escócia ,Edimburgo.Vários elementos provocadores poderiam ser explicitados , mas destacarei uns poucos . Em primeiro lugar o jogo de cores que contrasta o ambiente da cena e os personagens nela inseridos , recorrente nos pintores europeus do século XVII que , neste caso , desvia o lhar do observador para as personagens , pintadas em tons claros , deixando o ambiente ,escuro e mal definido,em segundo plano , apesar de estar evidente que trata-se de uma casa simples e representativo daquilo que corriqueiramente taxamos como sendo camponês . Não deixa de ser curioso é o fato de que o pintor , mesmo sendo financiado pela corte de Felipe IV e fizesse parte da corte espanhola , escolhesse retratar uma cena da vida cotidiana nessa obra . Chama a atenção ,ainda ,a feição exposta pelos "personagens". Embora a aparente falta de correspondência entre os olhares das figuras retratadas seja uma constante ao longo de toda a obra de Velázquez , aqui a expressão facial da mulher parece transmitir uma cena de surpresa , susto , como se nota em seu olhar "esbugalhado".Também o menino parece estar olhando de esgueio,como se algo inusitado tivesse surpreendido os dois . Qual o significado desses olhares ? O que teria levado o artista a retratá-lo ?Tantos são os questionamentos propiciados pela obra que deixo ao leitor a oportunidade de respondê-los.


Almoço na Relva


Quadro : Almoço na Relva
Ano: 1862-1863
Artista: Édouard Manet
Local: Museu de Orsay, Paris, França.
Dimensões: 208x264
Óleo na Tela

Escolhi esse quadro porque me interessei pela história dele, assim que nenhum dos quadros de Manet me chamou atenção pela sua pintura ou pelas cenas retratadas. Encontrei o quadro em vários tons diferentes, resolvi postar, como vocês podem ver acima, o de tons mais escuros,dominado pelo verde escuro e oliva . A cena retratada é de um  almoço/piquenique no campo, o que mais me chamou atenção foi a mulher nua numa posição sensual, enquanto os dois homens estão vestidos. Há também uma mulher em segundo plano, ela está vestida com um vestido quase da cor da pele ( talvez as roupas íntimas da época), está agachada, se banhando num pequeno rio ou lago. As roupas da mulher nua estão jogadas no chão junto com a cesta do piquenique. As frutas e o pão da cesta estão espalhados mostrando, aparentemente que o almoço já se realizou. Os homens parecem que estão conversando  e aparentam ser de classe média- alta pelas suas vestimentas. Percebe-se muito nesta pintura a noção de profundidade que o contraste das cores causa. O quadro na época em que foi lançado causou muita polêmica por causa da mulher retratada nua, considerado pelo público uma imoralidade e um atendado ao pudor. Outra curiosidade é que o quadro já recebeu várias releituras, do criador da Turma da Mônica, Maurício Ricardo, até de Picasso, entre muitos outros renomados ( ou não ) pintores e escultores. O engraçado é que o próprio quadro é inspirado em uma pintura famosa do período Renascentista. A pintura é de Giorgione, ''Concerto Campestre'' .


http://www.musee-orsay.fr/en/home.html ( link do site do Museu onde a obra se encontra atualmente) 

Obra: Manacá
Autora: Tarsila do Amaral
Ano:1927

Infelizmente não descobri onde se encontra essa obra. Todos os sites que procurei diziam a mesma coisa, exceto o que eu queria...
A obra de Tarsila do Amaral como um todo é fantástica mas esse quadro em especial me chamou a atenção, por ser a meu ver incrivelmente simples. É possível ver no quadro a flor de manacá ao centro, com montanhas ao fundo e alguns cactos e flores em primeiro plano, mas a grande jogada desse quadro é que tudo parece estar "achatado", colocado em um único plano bidimensional, ou seja, a presença de perspectiva é mínima. Além disso, é possível perceber como os elementos da obra foram pintados em uma forma simplificada, como no caule reto e geométrico do manacá, e as montanhas como parábolas básicas. Mas o detalhe que mais me impressionou está na flor que dá nome à obra. Manacás são sempre ou totalmente roxos ou totalmente cor-de-rosa. Tarsila do Amaral, com sutileza, criou algo novo e belo: O único Manacá que une as duas cores.

Quarto em Arles (V. Van Gogh)

Quadro: Quarto em Arles
Ano: 1888
Artista: Vincent Van Gogh (1853-1890)
Local: Museu Van Gogh, Amsterdã, Holanda
Dimensões: 72x90 cm

Desta vez é muito simplesmente o meu quarto, aqui tem de ser só a cor a fazer tudo; dando através da simplificação um maior estilo às coisas, deverá sugerir a idéia de calma ou muito naturalmente de sono. Em resumo, a presença do quadro deve acalmar a cabeça, ou melhor, a fantasia. (Van Gogh)

Apesar de dito isto, o quadro de Van Gogh, mais do que simbolizar sua própria arte expressionista, reflete a desordem presente em sua mente: Um quarto simples (sim, quem disse que a vida de pintor traz riqueza?), porém desenhado em traços fortes, quase perturbadores, cores atormentadas, com móveis dispostos na em diagonal, conflitado com as paredes e a janela entreaberta.Os quadros na parede parecem pender sobre o local de repouso do pintor, dentre os quais dois são de figuras humanas. Fantasmas rondando a mente do pintor? imagens presentes na mente dele?. Portanto, não traz calma alguma, mostrando, pelo contrário, a solidão em que estava imerso o pintor: não há ninguém no quarto, e uma cama apenas (porém dois travesseiros, o que é ainda mais intrigante) convivendo apenas com o caos de sua mente. Tanto que, em seus últimos anos de loucura no hospício de Saint-Rémy-de-Provence, Van Gogh produziria mais duas versões desse mesmo quadro em um mês, mostrando certa insatisfação.

A Estudante



Obra: A Estudante

Artista: Anita Malfatti

Ano: 1915-1916

Local: Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand - MASP


Os traços fortes, as cores pasteis, a postura arqueada e o destaque a um certo desalento na fisonomia da moça fazem do quadro um retrato profundo do estado psicológico e emocional dela.

Escolhi esta obra pois me impressionou a sensibilidade da pintora ao conseguir ilustrar de forma tão encantadora, através do jogo de cores claras e pouco vibrantes do fundo acinzentado e das roupas da moça, bem como de um escurescimento ao redor dos seus olhos lembrando olheiras, um sentimento de cansaço e desilusão presentes na estudante retratada.


Imagem disponível em: http://masp.art.br/masp2010/acervodetalheobra.php?id=416 acessado em 09/08/2011

Ecce Ancila Domini ( A Anunciação)



Título: Ecce Ancila Domini ( A Anunciação)

Autor: Dante Gabriel Rossetti

Ano:1850

Localização: Tate Britain, London, UK

O quadro me chamou a atenção dentre outros de Rossetti pela representação de maneira simples de um tema sacro. Com um cenário predominantemente branco, o manto azul e o cabide vermelho se destacam de forma singela. Também a presença da pomba branca reforça a simplicidade do quadro, sendo uma representação simples do divino( Espírito Santo)